Neste domingo (19), palestinos saíram às ruas para celebrar a trégua estabelecida entre Israel e Hamas, enquanto muitos retornaram às suas casas destruídas por bombardeios. A Cruz Vermelha foi responsável pelo resgate dos primeiros reféns libertados sob o acordo de cessar-fogo, que também preveem a liberação de 90 prisioneiros palestinos. A trégua entrou em vigor após um atraso de quase três horas, interrompendo meses de intensos combates que resultaram em grande destruição e milhares de mortes. A paz, embora almejada, ainda traz desafios, com a fome e as consequências da guerra afetando profundamente a região.
Apesar da pausa nos confrontos, o cenário em Gaza permanece devastador, com ruas tomadas por escombros e grandes perdas materiais e humanas. O fim imediato da violência trouxe um alívio para os habitantes, muitos dos quais viveram sob intensa pressão durante os últimos 15 meses. Relatos de deslocados, como Aya, revelam a dureza da experiência, mas também um sentimento de esperança com o fim dos ataques aéreos israelenses. No entanto, as celebrações foram sombrias, já que a dor e o sofrimento pela perda de entes queridos e pelo impacto da guerra são evidentes.
O acordo de cessar-fogo prevê a entrada de ajuda humanitária em Gaza, incluindo caminhões de alimentos e combustível para aliviar a crise iminente. A guerra, que começou após um ataque do Hamas a Israel em outubro de 2023, resultou em grandes números de mortos e feridos de ambos os lados. As vítimas palestinas são estimadas em cerca de 47 mil, enquanto Israel perdeu aproximadamente 1,2 mil pessoas. Apesar do acordo, os moradores da região sabem que a reconstrução será um processo longo e árduo, e a normalidade ainda está distante para muitos.