Neste domingo, a trégua entre Israel e Gaza entrou em vigor após um atraso de três horas, encerrando um conflito devastador de 15 meses. Durante esse intervalo, ataques aéreos israelenses resultaram na morte de 13 pessoas. Após o cessar-fogo, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha iniciou a operação de resgate dos primeiros reféns israelenses, que foram libertados como parte do acordo. Em Gaza, a população saiu às ruas para celebrar, mas muitos retornaram a áreas destruídas, onde o sofrimento e a devastação permanecem palpáveis.
A trégua trouxe alívio para os 2,3 milhões de habitantes da Faixa de Gaza, que enfrentaram uma guerra implacável, deixando milhares de mortos e milhares de deslocados. Apesar da promessa de fim das hostilidades, os civis relatam que, embora o cessar-fogo tenha poupado vidas, a destruição é avassaladora e as dificuldades continuam. Aya, uma mulher deslocada de Gaza, comentou que, embora a guerra tenha terminado, a vida ainda será difícil, mas ao menos espera que o derramamento de sangue de mulheres e crianças tenha chegado ao fim.
Além do resgate de reféns, a entrada de ajuda humanitária foi facilitada, com caminhões de suprimentos e combustível começando a chegar ao território, especialmente ao norte de Gaza, onde a fome é uma ameaça iminente. O acordo de cessar-fogo permite a entrada diária de 600 caminhões de ajuda durante as próximas seis semanas, oferecendo um alívio para as condições desesperadoras. Mesmo assim, os moradores de Gaza continuam enfrentando um futuro incerto, com a reconstrução de suas vidas e lares parecendo um desafio distante.