O cessar-fogo entre Israel e o Hamas, previsto para começar no domingo, foi confirmado pelo secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, apesar de questões pendentes de última hora. Israel atrasou as reuniões do gabinete para ratificar o acordo, com a aprovação final do governo israelense ainda dependendo da resolução de exigências feitas pelo Hamas, especialmente relacionadas à liberação de prisioneiros palestinos. O acordo inclui um cessar-fogo inicial de seis semanas, a retirada gradual das forças israelenses da Faixa de Gaza e a troca de reféns. A ajuda humanitária também deverá ser intensificada para Gaza, que enfrenta sérias carências de alimentos e serviços essenciais.
Após a mediação de Egito, Catar e Estados Unidos, o acordo foi selado, mas enfrentou resistência interna tanto em Israel quanto entre os palestinos. Na Faixa de Gaza, a alegria pelo anúncio da trégua rapidamente se transformou em luto e indignação devido aos ataques aéreos israelenses que continuaram a atingir o enclave, resultando em mortes, como a de uma criança atingida por estilhaços enquanto brincava em um abrigo. Apesar do sofrimento e das tensões no terreno, o Hamas expressou seu compromisso com o cessar-fogo.
Israel ainda precisa ratificar oficialmente o acordo, o que depende da aceitação total das condições pelo Hamas, conforme o governo israelense. Enquanto isso, protestos em Jerusalém indicaram divisão interna sobre a validade do cessar-fogo, com alguns israelenses se manifestando contra a trégua e os custos políticos e militares envolvidos. A mediação internacional continua, com a expectativa de que o acordo seja formalizado nos próximos dias, trazendo alívio para a população de Gaza e dando início a um período de negociações delicadas entre as partes.