O cessar-fogo em Gaza, que entrou em vigor neste domingo (19), foi acordado entre Israel e o grupo Hamas, após intensos dias de negociação. A trégua, que teve um atraso de quase três horas devido a questões técnicas e de troca de informações, aconteceu após a morte de pelo menos 19 palestinos antes de seu início. A libertação de reféns também foi realizada, com o Hamas entregando três mulheres israelenses ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha. A troca, no entanto, provocou reações políticas em Israel, com a renúncia de ministros em função do acordo e críticas ao processo de negociação.
Durante o primeiro dia de cessar-fogo, diversas operações humanitárias foram iniciadas, com caminhões de ajuda chegando a Gaza, além do retorno de muitos palestinos deslocados para suas casas, em um cenário de grande destruição. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, expressou emoção com a libertação das reféns, enquanto outros membros do governo se opuseram ao acordo, defendendo uma ação mais contundente contra o Hamas. As tensões políticas refletem a divisão interna no país sobre o futuro da trégua e as negociações com o grupo.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, comentou sobre o sucesso do cessar-fogo e ressaltou a importância da colaboração entre as administrações de seu governo e a de seu sucessor. O acordo prevê a libertação de mais reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos, com a promessa de mais fases de negociação. No entanto, o futuro da trégua permanece incerto, com a possibilidade de novos confrontos caso os termos não sejam cumpridos por ambas as partes.