O Hamas anunciou que Israel concordou em entregar uma lista de 90 prisioneiros palestinos a serem libertados neste domingo (19) em troca da liberação de três reféns israelenses mantidos pelo grupo em Gaza. De acordo com a organização, os prisioneiros a serem soltos incluem mulheres e crianças. O acordo foi possível após negociações mediadas pelos Estados Unidos, Catar e Egito, e marca um passo significativo na tentativa de encerrar o conflito, com a trégua entrando em vigor após um atraso de três horas devido à demora na divulgação da lista de reféns.
O conflito entre Israel e o Hamas se intensificou em 7 de outubro de 2023, quando ataques coordenados do Hamas resultaram na morte de mais de 1.200 pessoas em Israel e no sequestro de mais de 200. Em resposta, Israel declarou guerra, dando início a uma série de bombardeios e incursões militares. O balanço da guerra é devastador, com cerca de 48 mil palestinos mortos, segundo o Hamas, muitos dos quais civis. As operações também causaram enormes danos em Gaza, com áreas destruídas e uma crise humanitária em curso.
O acordo de cessar-fogo surge após mais de seis meses de negociações e tensões crescentes. A trégua, embora adiada, oferece uma oportunidade para a reconstrução de Gaza e a possível resolução de questões pendentes, como a liberação de reféns e a saída de civis da região. No entanto, os desafios para a estabilização da área e o futuro das negociações continuam incertos, com a situação humanitária sendo uma preocupação central para a comunidade internacional.