O presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizou, no Palácio do Planalto, uma cerimônia para recordar os ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023. O evento, realizado no Salão Nobre, teve como foco a defesa da democracia, sendo também uma oportunidade para a reintegração ao acervo presidencial de 21 obras de arte restauradas, que haviam sido vandalizadas durante os ataques. Lula aproveitou a data para reforçar a importância da defesa da democracia e da estabilidade política no Brasil, destacando o episódio como um marco contra a intolerância e a violência política.
A cerimônia contou com a presença de autoridades do governo federal, parlamentares e representantes dos tribunais superiores, mas a ausência dos presidentes do Senado, da Câmara e do Supremo Tribunal Federal (STF) foi notada. O STF foi representado por seu vice-presidente, ministro Luiz Edson Fachin, enquanto outros membros da corte, como Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia, marcaram presença no evento. Moraes, que teve um papel relevante na presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante as eleições de 2022, foi aplaudido pelos presentes, enquanto Cármen Lúcia é atualmente a presidente do TSE.
Entre os convidados estavam também os comandantes das Forças Armadas, ministros de estado, parlamentares aliados e embaixadores. A cerimônia, simbolicamente realizada no Planalto — um dos prédios invadidos pelos extremistas em 2023 — foi uma maneira de Lula evidenciar a importância da data e reforçar seu compromisso com a democracia, em um contexto marcado pela polarização política e pela oposição ao resultado das eleições de 2022.