Partidos do Centrão têm sugerido ao presidente Lula a inclusão de um nome de fora do PT em um dos ministérios palacianos, como forma de estreitar a relação do governo com o Congresso. Esses ministérios, que incluem a Casa Civil, Secretaria-Geral da Presidência, Secretaria de Relações Institucionais, Secretaria de Comunicação Social e Gabinete de Segurança Institucional, são responsáveis por uma interlocução direta com o presidente e têm grande influência nas articulações políticas. O Centrão argumenta que a presença de um nome de sua base ajudaria a melhorar a governabilidade e a facilitar a negociação com parlamentares.
A proposta surgiu após a insatisfação com a condução das negociações pelos atuais titulares das pastas, especialmente em relação à falta de repasse de informações entre o governo e o Parlamento, o que tem gerado desgastes desnecessários. Nomes como o do líder do MDB, Isnaldo Bulhões, e o ministro Silvio Costa Filho são cogitados para ocupar cargos importantes, devido à sua boa articulação política com o Congresso. A possível saída de alguns ministros, como Marcio Macedo, também está sendo especulada, com a mudança de alguns cargos considerados essenciais para a articulação política.
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que uma reforma ministerial pode ocorrer antes da reunião ministerial agendada para o dia 21 de janeiro, o que tem gerado especulações sobre mudanças nas estruturas de poder. Além disso, a Secretaria-Geral da Presidência, que atualmente lida com movimentos sociais, pode ser reposicionada para atuar de forma mais próxima da articulação política, caso o presidente Lula aceite as sugestões do Centrão. A expectativa por ajustes na governabilidade e na gestão política do governo permanece alta, enquanto se aguardam novos posicionamentos sobre a reforma.