O Brasil enfrentará mais um ano desafiador em 2025, com projeções de temperaturas acima da média, seca prolongada e chuvas abaixo do esperado, segundo dados de centros climáticos como Cemaden e Met Office. Embora o calor possa ser ligeiramente menos intenso que em 2024, especialistas alertam que ele ainda será extremo, reflexo das emissões de gases de efeito estufa e do aquecimento global. Eventos climáticos extremos, como temporais intensos e prolongados períodos de estiagem, devem continuar devido ao aquecimento dos oceanos, fator que intensifica a umidade e, consequentemente, as chuvas torrenciais.
O atraso e a fraqueza do fenômeno La Niña agravam o cenário, diminuindo as chances de alívio hídrico para regiões afetadas pela seca, especialmente no Norte e Nordeste. A estiagem, que já persiste há 18 meses, continua impactando cidades, economia e populações em várias partes do país, com destaque para a região central, que ainda sofre com um déficit hídrico significativo. Os especialistas indicam que as mudanças climáticas estão alterando rapidamente os padrões climáticos, dificultando previsões exatas e aumentando os riscos de desastres naturais.
Diante desse contexto, a necessidade de adaptação das cidades para lidar com desastres e a redução de emissões de gases de efeito estufa são temas centrais. A Conferência do Clima da ONU, prevista para acontecer em Belém, será uma oportunidade para discutir metas de transição energética e medidas de resiliência urbana. No entanto, a falta de infraestrutura em várias regiões e a urgência das mudanças climáticas demandam ações concretas e rápidas para mitigar os impactos já visíveis e preparar a população para um futuro de extremos.