Na última quarta-feira (28), a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) enfrentou um revés significativo com o cancelamento de sua reunião de urgência, que tinha como foco discutir questões de imigração, meio ambiente e a unidade da região. O encontro foi inicialmente convocado devido à crescente preocupação com as políticas de imigração do governo dos Estados Unidos, mas foi cancelado pela falta de consenso entre os 33 países membros. A presidente de Honduras, atual líder da CELAC, explicou que a decisão foi tomada após a impossibilidade de um acordo sobre os temas propostos.
A situação envolvendo a Colômbia se destacou como um dos principais pontos de tensão. O país inicialmente se recusou a receber aviões dos Estados Unidos com deportados, mas recuou após ameaças de sanções econômicas por parte do governo norte-americano. Esse impasse foi resolvido, mas outras questões, como a crise humanitária no Haiti e dificuldades diplomáticas entre o México e o Equador, também impediram que a reunião fosse realizada.
Apesar do cancelamento, os países da CELAC permanecem comprometidos com o diálogo sobre as questões em aberto. O Brasil havia confirmado sua participação virtual na reunião, refletindo o interesse em discutir temas importantes, como a migração e as novas políticas de deportação dos Estados Unidos. A expectativa é de que novos deportados cheguem em breve, aumentando o foco na discussão regional sobre imigração e seus impactos.