O Ceará registrou 11 assassinatos de pessoas trans e travestis em 2024, colocando o estado como o mais afetado no Nordeste e o terceiro em números nacionais, atrás de São Paulo e Minas Gerais. Esses dados foram divulgados pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), que destaca a vulnerabilidade crescente dessa população. Entre as vítimas, muitas são pessoas em situação de rua, e o perfil mais frequente das vítimas é de jovens, negras e em extrema vulnerabilidade socioeconômica.
Em resposta a essa crescente violência, o governo estadual tem implementado diversas ações de prevenção e acolhimento. A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) realiza um monitoramento contínuo dos crimes contra a população trans, promovendo maior transparência e orientando ações das Forças de Segurança. A SSPDS também oferece serviços especializados, como a Delegacia de Repressão aos Crimes por Descriminação e unidades especializadas para apoio às vítimas. Além disso, o Comando de Prevenção e Apoio às Comunidades acompanha vítimas e familiares de forma contínua.
Além das ações de segurança, a Secretaria da Diversidade (Sediv) tem trabalhado em políticas de inclusão social, com destaque para o atendimento a mais de 4.000 pessoas trans por meio do Centro Estadual de Referência LGBT+. A Sediv promoveu também cursos de qualificação profissional, desenvolvendo projetos que buscam melhorar a empregabilidade e ressocialização dessa população. A capacitação de servidores e a colaboração com outras instituições visam reforçar o combate à transfobia e promover a inclusão social de pessoas trans, oferecendo suporte psicossocial, jurídico e oportunidades de qualificação.