Os CDBs de liquidez diária são investimentos recomendados para quem busca segurança e facilidade de resgates rápidos, sendo populares entre investidores conservadores ou aqueles que necessitam de liquidez para emergências. Contudo, ao longo do tempo, investir exclusivamente nesse tipo de CDB pode não ser a melhor estratégia, já que eles oferecem rendimentos menores comparados aos CDBs com vencimentos mais longos. Esses investimentos, que permitem saques antecipados, são mais vantajosos em cenários de maior necessidade de flexibilidade, mas podem comprometer o crescimento do patrimônio no longo prazo.
Um estudo de Rafael Winalda, especialista em renda fixa, analisa as diferenças de rentabilidade entre os CDBs de liquidez diária e os de prazo mais longo. Para exemplificar, ele considerou cinco diferentes níveis de remuneração, variando de 100% do CDI a CDBs que oferecem CDI + 2%. Ao longo de 20 anos, a diferença de rentabilidade pode chegar a quase 40%, com os CDBs de longo prazo mostrando um retorno significativamente superior. Essa diferença, no entanto, é impactada pela tributação do Imposto de Renda, que retém uma porcentagem maior nos investimentos de curto prazo.
O estudo também mostra como a tributação pode alterar o montante final. Enquanto os CDBs de curto prazo têm uma alíquota de 22,5%, os de longo prazo ficam com apenas 15%. Para aportes mensais de R$ 500, a diferença acumulada até 2045 é significativa: enquanto o investidor que opta pelos CDBs de liquidez diária teria cerca de R$ 291,7 mil, quem escolhe papéis de longo prazo poderia alcançar até R$ 393,9 mil. A conclusão é que, no longo prazo, cada 1% de rendimento a mais pode fazer uma grande diferença, mostrando que o tempo e a escolha de investimentos adequados são fundamentais para o crescimento do patrimônio.