A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) firmou um acordo com o Supremo Tribunal Federal (STF) que valida a Assembleia Geral Extraordinária e a eleição para presidente da entidade, garantindo a permanência de Ednaldo Rodrigues no cargo. O acordo encerra uma disputa jurídica que questionava a legitimidade da eleição de Ednaldo, iniciada após mudanças nas regras internas da CBF, que haviam sido contestadas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ). O caso gerou a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a Procuradoria, para dar estabilidade ao pleito.
Em dezembro de 2023, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) anulou as assembleias que alteraram o formato das eleições, resultando no afastamento temporário de Ednaldo, o que causou preocupações entre a Conmebol e a FIFA. A situação levou à nomeação de um interventor e a expectativa de um novo julgamento pelo STF em março de 2024, que decidiria se a liminar que reconduziu Ednaldo ao cargo seria mantida. O ministro Gilmar Mendes defendeu a manutenção do mandato, enfatizando que a intervenção estatal nas entidades desportivas deve ser restrita a casos em que normas infrinjam a Constituição ou envolvam investigações criminais.
Recentemente, a CBF aprovou mudanças em seu estatuto, permitindo que os presidentes se reelejam por até três mandatos consecutivos, alinhando-se a outras entidades internacionais como a Conmebol e a FIFA. Na próxima eleição, o ex-jogador Ronaldo Fenômeno, que já busca apoio e articulou a escolha de Mauro Silva como vice, será candidato, tornando a disputa mais acirrada em comparação à eleição de 2017, quando Ednaldo foi eleito sem concorrentes.