Ednaldo Rodrigues permanecerá como presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) até 2026 após a assinatura de um acordo que envolve dirigentes e a Federação Mineira de Futebol (FMF). A decisão foi tomada após uma disputa judicial no Supremo Tribunal Federal (STF), onde se discutia a legalidade do seu afastamento, determinado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) em dezembro de 2023. O acordo, que será homologado pelo STF, foi assinado por diversas partes envolvidas e garante a continuidade do mandato de Rodrigues.
O processo que gerou o afastamento de Ednaldo Rodrigues tem raízes em ações iniciadas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro em 2018, questionando o estatuto da CBF, que estabelecia pesos diferentes nas votações das eleições para a presidência da entidade. A decisão judicial anterior anulou a eleição de Rogério Caboclo, antecessor de Rodrigues, e determinou uma intervenção na CBF, que foi cassada posteriormente. Em 2022, Ednaldo foi eleito para um mandato de quatro anos, mas a validade de sua eleição foi contestada por adversários políticos dentro da confederação.
Durante o período de afastamento de Ednaldo, a CBF foi temporariamente dirigida por José Perdiz de Jesus, presidente do STJD. A disputa interna gerou especulações sobre novos candidatos, mas a decisão do STF de manter Ednaldo Rodrigues no cargo evitou a convocação de novas eleições. A intervenção do PC do B no processo e a atuação de membros históricos da CBF também influenciaram os desdobramentos da crise, que envolveu a análise de questões jurídicas e políticas no cenário esportivo brasileiro.