Após a vitória do Brasil sobre a Bolívia no Sul-Americano Sub-20, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) enviou uma representação à Conmebol e às autoridades venezuelanas sobre atos racistas direcionados ao atacante Rayan. O jogador relatou ter sido chamado de termos pejorativos e de ter visto o goleiro boliviano imitar gestos de macaco em sua direção. A denúncia foi feita por Rayan e por outros membros da equipe à arbitragem durante a partida, e posteriormente reforçada no vestiário.
Antes do fim do jogo, que ocorreu no estádio Misael Delgado, em Valencia, na Venezuela, ocorreram focos de confusão, com o meio-campista Breno Bidon mostrando os gestos ao árbitro. A CBF, em nota, afirmou que está tomando as medidas necessárias para punir os responsáveis e destacou a gravidade do ato, reiterando a posição de combate ao racismo no esporte. O presidente da CBF expressou repúdio ao incidente, classificando o racismo como crime e comprometendo-se a adotar ações rigorosas.
Com o resultado da partida, que terminou 2 a 1 para o Brasil, a seleção brasileira sub-20 subiu para a terceira posição no Grupo B e garantiu uma vaga na zona de classificação para o hexagonal final do torneio. A denúncia dos atos racistas, feita por jogadores como Breno Bidon, também chamou atenção, dado o papel decisivo dele no gol da vitória brasileira.