Entre janeiro e outubro de 2024, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo registrou um aumento significativo nos casos de intoxicação alimentar na região de Campinas, com 47.111 atendimentos pelo SUS, representando um crescimento de 114,2% em relação ao mesmo período de 2023, que contabilizou 21.990 ocorrências. As internações também apresentaram alta, com 471 casos em 2024, um aumento de 33% em comparação aos 354 registros de 2023. O crescimento é preocupante, especialmente em municípios como Campinas e Piracicaba, que têm enfrentado mais incidentes desse tipo.
O médico Caio Lima, coordenador do pronto-socorro adulto do Hospital São Luiz, explica que a intoxicação alimentar pode ser causada por toxinas presentes nos alimentos, como agrotóxicos, agentes microbiológicos como vírus ou bactérias, ou pela decomposição do alimento que libera toxinas prejudiciais ao sistema digestivo. Nos casos leves, a hidratação adequada e alimentos de fácil digestão, como chá, bolacha água e sal, e frutas como banana e maçã, são indicados para ajudar na recuperação.
Entretanto, em situações mais graves, quando o paciente não consegue ingerir líquidos ou alimentos, é necessário buscar atendimento médico imediato. A desidratação severa pode levar a complicações graves, como insuficiência renal, exigindo hidratação intravenosa e exames para investigar outras possíveis complicações. A Secretaria de Saúde reforça a importância do acompanhamento médico e das medidas preventivas para evitar o aumento desses casos na região.