Em 8 de dezembro de 2024, quatro jovens saíram para jogar futebol em Guayaquil, no Equador, mas desapareceram misteriosamente. Semanas depois, seus corpos mutilados e queimados foram encontrados próximos a uma base militar, gerando um intenso debate no país sobre violações de direitos humanos, racismo e o uso excessivo da força por parte das autoridades. O caso trouxe à tona uma crescente preocupação com a violência policial e militar no contexto de um aumento do crime organizado, forçando a sociedade a questionar as políticas de segurança adotadas pelo governo.
A história das vítimas, incluindo dois irmãos, Ismael e Josué, reflete o drama vivido pelas famílias, que, em busca de respostas, enfrentaram a falta de apoio das autoridades. Os relatos de detenção irregular e de um possível envolvimento das forças militares no desaparecimento dos menores têm gerado protestos e pedidos por justiça. As famílias das vítimas exigem uma investigação aprofundada, questionando as versões oficiais sobre a morte dos jovens e denunciando discriminação racial como fator determinante para a violência sofrida pelos jovens.
O governo do Equador, sob a liderança do presidente Daniel Noboa, enfrenta críticas por suas políticas de segurança, especialmente após a morte dos quatro jovens. As autoridades reconhecem o erro das forças militares, mas a falta de confiança da população nas instituições do país é evidente. A situação evidencia os desafios que o país enfrenta no combate ao crime e na proteção dos direitos civis, além de destacar a necessidade de reformas profundas nas abordagens de segurança pública para evitar a repetição de tragédias semelhantes.