A CASAN, em parceria com a FLORAM, ARESC e IMA, apresentou os dados de quatro anos de monitoramento da Lagoa da Conceição, com resultados sistematizados em um relatório de 360 páginas. O monitoramento foi iniciado após um incidente na Lagoa de Evapoinfiltração, em 2021, causado por chuvas excessivas. O estudo envolveu a análise de parâmetros físicos, químicos e microbiológicos da água e sedimentos da lagoa, além de avaliar a toxicidade dos ecossistemas aquáticos. Entre os fatores monitorados estão a temperatura, oxigênio dissolvido, nutrientes como nitrogênio e fósforo, e a presença de microrganismos como E. coli e Enterococcus.
O objetivo principal do monitoramento foi identificar se houve aumento de nutrientes na lagoa, favorecendo processos de eutrofização e florescimento de organismos prejudiciais à saúde ambiental e humana. Os resultados indicaram que a qualidade da água varia conforme as regiões da lagoa, e não há evidências de que o incidente tenha sido o fator principal nas mudanças observadas. Fatores como o aumento populacional e o descarte inadequado de esgoto foram apontados como influências mais relevantes nas condições da lagoa.
Além do monitoramento, a CASAN implementou uma série de ações para a recuperação e preservação da área, como a construção de um muro verde de contenção, a dragagem do fundo da lagoa e melhorias no Sistema de Esgotamento Sanitário da região. O investimento total nessas ações já alcançou R$ 27 milhões, incluindo estudos geotécnicos, hidrológicos e hidráulicos, e o aprimoramento da estação de tratamento de esgoto para garantir a qualidade do efluente. Essas iniciativas fazem parte do Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas da CASAN na Lagoa da Conceição.