A residência localizada ao lado de Auschwitz, que já foi habitada pela família de um dos comandantes do campo, será aberta ao público como parte de um novo projeto voltado para combater o extremismo. A casa, que preserva o legado de um dos períodos mais sombrios da história, foi adquirida pelo Counter Extremism Project, uma organização focada na luta contra ideologias de ódio e discriminação. A iniciativa visa transformar a casa em um centro de conscientização e em um espaço de trabalho, com a intenção de criar um local de reflexão sobre os horrores do passado e os desafios atuais relacionados ao antissemitismo e ao extremismo.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a casa foi um refúgio para a família do comandante, protegida por altas cercas e um muro de concreto, enquanto no campo de concentração ocorria a aniquilação em massa de prisioneiros. As chaminés de Auschwitz, visíveis a partir da casa, exalavam fumaça, e a vida cotidiana da família contrastava com os horrores que ocorriam a poucos metros de sua porta. O diário do comandante, recuperado após sua captura, oferece uma visão perturbadora sobre a banalidade do mal, e como ele justificava suas ações em nome da ordem e da obediência às ordens superiores.
Agora, a casa será transformada em um símbolo de combate ao ódio, com o objetivo de educar o público sobre os perigos do extremismo. A primeira ação do projeto foi a instalação de uma mezuzá na porta da frente, como um gesto de reconciliação e abertura para todos. A iniciativa reforça a importância de não apenas lembrar o passado, mas também de agir no presente para evitar a repetição de tais atrocidades, oferecendo uma reflexão sobre o papel das ideologias no mundo contemporâneo.