A carnavalesca Márcia Lage, uma das figuras mais importantes do carnaval carioca nas últimas décadas, faleceu no domingo (19), no Rio de Janeiro, aos 64 anos, vítima de leucemia. Com uma carreira marcante, ela foi responsável por enredos memoráveis em diversas escolas de samba, incluindo Portela, Mangueira, Salgueiro, Grande Rio e, mais recentemente, Mocidade Independente de Padre Miguel. Em parceria com seu marido, Renato Lage, Márcia conquistou títulos e reconhecimento ao longo de mais de 30 anos de trabalho no samba, sendo campeã da Mocidade nos anos 1990 e na Unidos do Salgueiro em 2009.
Neste ano, Márcia havia retornado à Mocidade Independente para assinar o enredo do carnaval de 2025, ao lado de Renato, com quem havia trabalhado em várias edições anteriores. A escola de samba anunciou a suspensão das atividades sociais e do ensaio de rua daquele domingo, em sinal de luto pela perda. A dupla Lage, que fez história na agremiação, tinha planejado seu retorno em 2024, com a expectativa de continuar a sua trajetória de sucessos no desfile da Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Além do trabalho no Rio de Janeiro, Márcia também atuou em São Paulo, onde foi carnavalesca de escolas como Império da Casa Verde e Vai-Vai. Seu legado no carnaval brasileiro é marcado por sua criatividade, dedicação e pelo impacto que causou nas escolas de samba, tornando-se uma referência no cenário carnavalesco. A morte de Márcia representa uma grande perda para o samba, que ainda guarda a memória de suas contribuições.