A carga tributária no Brasil em 2023 foi de 32,11% do Produto Interno Bruto (PIB), representando uma queda de 0,9 ponto percentual em relação ao ano anterior. Esse valor, embora tenha mostrado uma redução, ainda é o segundo maior desde 2020, o que indica uma permanência dos altos índices de arrecadação no país. A diminuição foi impulsionada principalmente pela forte expansão do PIB, que cresceu 3,2% naquele ano, elevando o valor absoluto do PIB nominal para R$ 10,94 trilhões.
A arrecadação total de impostos e contribuições também teve um crescimento significativo em 2023, totalizando R$ 3,51 trilhões, o que representou um aumento de 5,59%. No entanto, o impacto do crescimento do PIB resultou em uma redução da carga tributária como proporção do PIB, mesmo com o aumento na arrecadação. A última vez que o índice foi inferior a 32% foi em 2020, devido aos efeitos da pandemia, sendo esse o menor nível desde 2015, quando a carga estava em 30,9%.
Apesar de a Receita Federal ter divulgado os números de forma oficial apenas em dezembro, uma prévia já havia sido publicada pelo Tesouro Nacional no início de 2023, indicando uma expectativa de carga tributária um pouco mais alta, de 32,4% do PIB. A publicação desses dados ocorre após o fechamento dos números do PIB e da arrecadação, com a Receita Federal sendo a responsável por realizar o cálculo final e oficial, um processo que envolve a coleta de dados detalhados sobre os impostos arrecadados em todo o país.