O Canadá anunciou nesta sexta-feira (10) a imposição de sanções a 14 autoridades venezuelanas, tanto atuais quanto anteriores, devido ao envolvimento em atividades que, segundo o governo canadense, contribuíram para violações de direitos humanos no país. As sanções ocorrem no mesmo período em que aliados como os Estados Unidos e o Reino Unido tomaram medidas semelhantes, reforçando a mensagem de apoio à população venezuelana, como destacado pelo Ministério das Relações Exteriores do Canadá.
Em resposta, o governo da Venezuela não comentou sobre as novas sanções, enquanto o presidente Nicolás Maduro e sua administração têm reiterado críticas contra as ações punitivas, que classificam como ilegítimas e parte de uma “guerra econômica” com o intuito de enfraquecer a nação. Além disso, as sanções coincidem com a recente posse de Maduro para um terceiro mandato, evento que também foi marcado por contestações relacionadas às eleições presidenciais de julho de 2024.
A vitória de Maduro nas eleições de 2024 foi questionada por diversos países, com a oposição venezuelana apresentando alegações de fraude e resultados contrários aos oficiais divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral. A disputa gerou protestos nas ruas e um clima de incerteza política, com a oposição, liderada por Edmundo González, ainda buscando formas de contestar o governo de Maduro e convocar um novo mandato para o país.