A partir de segunda-feira (27), mais de 300 mil palestinos iniciaram uma longa jornada de retorno às suas casas na Faixa de Gaza, após o cessar-fogo entre Israel e os grupos armados locais. Este movimento de retorno ocorre em meio ao envio de ajuda humanitária, que está sendo rigorosamente inspecionada na fronteira. A situação é desafiadora para os deslocados, que enfrentam longas caminhadas e condições adversas, com muitos dizendo estar exaustos e forçados a passar noites ao relento. A ajuda humanitária está sendo enviada em grandes quantidades, mas o processo é demorado e supervisionado por equipes internacionais, como do Catar e do Egito.
Os palestinos que conseguem retornar se deparam com uma realidade devastadora, com muitas casas destruídas pelos confrontos. Apesar disso, há um sentimento de alívio por poderem voltar à terra natal, como relata uma mulher que, mesmo sem casa, expressou felicidade em retornar. A tensão também permanece no cenário político, com declarações internacionais sobre o deslocamento forçado de palestinos para países vizinhos, como o Egito e a Jordânia, rejeitadas por esses governos e pela comunidade internacional. O governo francês se manifestou contra qualquer deslocamento forçado da população de Gaza.
Entre os relatos de difícil jornada, há também histórias emocionantes de reencontros familiares, como o de uma mulher que, após meses sem comunicação, finalmente reencontrou seus familiares, temendo ter sido esquecida pela neta. A situação continua a se desenrolar com dificuldades e esforços contínuos para fornecer apoio humanitário e garantir a segurança daqueles que retornam, enquanto o futuro da região permanece incerto.