A eleição dos novos presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta e Davi Alcolumbre, promete melhorar as relações entre as duas Casas Legislativas, segundo líderes governistas. Eles são vistos como mais alinhados e com um relacionamento mais próximo, ao contrário dos atuais presidentes, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, cujas diferenças de estilo e postura criaram atritos ao longo do tempo. A transição de poder é vista com otimismo, já que Motta e Alcolumbre têm mais afinidade e são considerados mais compatíveis na condução das articulações políticas.
Nos últimos anos, Lira e Pacheco enfrentaram divergências, especialmente no tratamento das medidas provisórias (MPs), que geraram um distanciamento entre a Câmara e o Senado. Pacheco defendia a volta da tramitação tradicional das MPs, enquanto Lira se opôs, o que causou impasses e até o rompimento da comunicação entre os dois. A expectativa é que as novas lideranças retomem o debate sobre o funcionamento das comissões mistas para as MPs e tragam mais consenso para as votações, com o fortalecimento da atuação dos líderes partidários.
Além disso, a mudança de comando na Câmara e no Senado também pode beneficiar a relação com o Executivo, já que tanto Motta quanto Alcolumbre são percebidos como menos adversários ao governo atual, especialmente em comparação a Lira, que esteve mais próximo da oposição durante o governo anterior. Essa nova dinâmica é vista como positiva pela base aliada ao governo, que espera uma maior estabilidade nas articulações e na condução das pautas no Congresso.