A eleição para a presidência da Câmara dos Deputados se aproxima, e o cenário político permanece tenso, apesar de uma aparente calma. Hugo Motta, do Republicanos, surge como o principal nome para suceder Arthur Lira, com amplo apoio entre os deputados. Contudo, a possibilidade de uma reviravolta ainda é real, com algumas figuras políticas sugerindo outras alternativas para o cargo. Um dos nomes citados é o de Henrique Vieira, do PSOL, defendido por Guilherme Boulos como uma opção viável contra a PEC da anistia, considerada um risco à democracia.
No contexto da PEC da anistia, Arthur Lira criou uma comissão especial para debater o tema, transferindo a discussão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), presidida pelo PL. Essa movimentação foi resultado de um acordo entre Lira e o PL, um partido de oposição com vínculo com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Embora alguns membros do PT vejam essa decisão como positiva, há quem acredite que a questão ainda pode retornar à pauta em 2025, principalmente por parte da direita, que busca a aprovação da proposta para proteger figuras ligadas ao bolsonarismo.
Com o apoio de aliados do governo e do PT, Hugo Motta se consolidou como favorito à presidência, após prometer não colocar a PEC da anistia em discussão e comprometer-se com a defesa da democracia. A candidatura de Motta, que também recebe respaldo do PL, tem ganhado força, especialmente entre os parlamentares que buscam um candidato disposto a combater os retrocessos políticos e garantir o respeito às instituições democráticas.