A Presidência da Câmara Municipal de Ceres acatou uma recomendação do Ministério Público de Goiás (MPGO) e determinou, nesta quinta-feira (9/1), a suspensão cautelar da posse de um vereador, que é alvo de um mandado de prisão relacionado à Operação Ephedra, deflagrada em dezembro. A decisão foi tomada após o MPGO constatar irregularidades no processo de posse, como o descumprimento do rito previsto no Regimento Interno da Casa de Leis, a ausência de registro formal da posse e a falta de declaração de compromisso por parte do vereador em questão.
O promotor responsável pela 2ª Promotoria de Ceres, Pedro Furtado Schmitt Corrêa, apontou as falhas no procedimento de posse, que ocorreu no dia 1º de janeiro de 2025, na sala da Secretaria da Câmara, logo após a posse dos outros vereadores eleitos. A irregularidade foi identificada em uma diligência realizada em 7 de janeiro, o que motivou a recomendação de suspensão. O presidente da Câmara, Glicério de Moraes Mendes Júnior, comunicou internamente sobre o mandado de prisão e orientou os demais agentes públicos a cumprirem a ordem judicial caso o vereador comparecesse ao local.
Na portaria que formaliza a anulação da posse, a Câmara determinou que o vereador notificado apresentasse manifestação em até cinco dias úteis. Caso ele não se manifeste dentro do prazo, a suspensão cautelar se tornará definitiva. A decisão também prevê a abertura de um processo administrativo, caso o vereador retome suas atividades antes de regularizar a situação, assegurando o cumprimento das normas legais exigidas para o exercício do cargo.