As investigações sobre o acidente aéreo ocorrido na Coreia do Sul, que resultou na morte de 179 pessoas em 29 de dezembro, revelaram que os gravadores de voo do Boeing 737-800 pararam de funcionar poucos minutos antes da aeronave realizar um pouso forçado e explodir na pista. O Ministério dos Transportes da Coreia do Sul informou que tanto o gravador de voz da cabine (CVR) quanto o gravador de dados de voo (FDR) deixaram de registrar informações aproximadamente quatro minutos antes do desastre. As causas desse mal funcionamento ainda são desconhecidas, e as autoridades sul-coreanas continuam investigando o ocorrido.
Apesar da importância dos dados dessas caixas-pretas para a investigação, os trabalhos são conduzidos por meio de uma análise ampla de informações e evidências. O gravador de voz foi enviado aos Estados Unidos para verificação, enquanto o gravador de dados de voo, que estava danificado, foi encaminhado ao Conselho Nacional de Segurança no Transporte dos EUA para tentativa de recuperação dos dados. A investigação, ainda em estágio inicial, deve se prolongar por meses, com o objetivo de entender os motivos do acidente, o mais mortal no país em quase 30 anos.
Durante o voo, o piloto relatou um possível incidente envolvendo pássaros antes do pouso de emergência, e a torre de controle havia alertado sobre a presença dessas aves na área. Imagens do acidente indicam que o trem de pouso da aeronave não estava visível no momento da aterrissagem. Além disso, o avião colidiu com um aterro de concreto, uma estrutura que não é comum em muitas pistas de aeroportos. A polícia sul-coreana também iniciou investigações em diversos locais, incluindo o escritório da operadora aérea e o Aeroporto Internacional de Muan, como parte da apuração dos fatores que contribuíram para a tragédia.