Em 2024, o café foi o principal responsável pela exportação do agronegócio de Minas Gerais, com a safra alcançando preços recordes. O estado se destacou como o maior exportador de café do Brasil, com uma receita de US$ 7,8 bilhões, e foi responsável por mais de 17 bilhões de dólares em exportações agrícolas. Varginha, Guaxupé e Alfenas foram as cidades que mais contribuíram para esse crescimento, com destaque para Varginha, que enviou mais de 7 milhões de sacas para outros países, principalmente para os Estados Unidos e China. Esse desempenho reflete o crescimento da demanda global e a valorização do dólar frente ao real.
A situação dos estoques baixos em todo o mundo, combinada com problemas de produção em outros grandes países produtores de café, como o Vietnã, ajudou Minas Gerais a consolidar sua liderança no setor. A demanda pelo grão foi tão alta que, além da ampliação do Porto Seco de Varginha, que já exporta mais de 250 contêineres de café por mês, o aumento no preço do café se refletiu diretamente no mercado. O preço da saca atingiu valores históricos, passando de R$ 1.200 no início do ano para até R$ 2.400, impulsionando o setor cafeeiro de forma significativa.
Para os produtores, 2024 foi um ano de ótimos resultados, mas também de cautela. Muitos aproveitaram a alta dos preços para vender suas safras gradualmente, enquanto outros mantiveram parte de sua produção, esperando um possível aumento. Especialistas alertam para a necessidade de os produtores gerenciarem bem os recursos, investindo nos próximos ciclos e economizando para as safras futuras. Em um cenário de altos preços e demanda crescente, o setor cafeeiro de Minas Gerais se consolidou como um dos pilares do agronegócio brasileiro.