Os preços globais do café arábica atingiram recordes históricos nesta segunda-feira (27), impulsionados pela relutância dos agricultores brasileiros em vender suas colheitas devido à incerteza sobre a próxima safra e à expectativa de preços ainda mais elevados. O Brasil, maior produtor mundial da variedade, viu uma queda nas vendas antecipadas de café para a safra 2025/26, com apenas 12% das colheitas vendidas até agora, abaixo da média histórica de 21%.
O mercado do café tem sido influenciado pela expectativa de uma safra mais fraca devido aos impactos de uma seca severa no ano passado. No entanto, algumas observações de campo sugerem que as condições das lavouras podem ser melhores do que o previsto inicialmente, com a recuperação de chuvas nos últimos meses, que devem continuar. Esse cenário de incerteza contribui para uma alta volatilidade nos preços futuros.
Os futuros do café arábica na bolsa ICE atingiram um recorde de US$ 3,5555 por libra-peso, refletindo um aumento de quase 10% no ano, enquanto o café robusta registrou queda. Além disso, outros produtos como açúcar e cacau também apresentaram variações nos mercados globais, com o açúcar em alta e o cacau sofrendo perdas, evidenciando a dinâmica das soft commodities em meio a fatores climáticos e econômicos variados.