A ByteDance, empresa controladora do TikTok, estuda a venda de sua operação nos Estados Unidos para Elon Musk, caso não consiga evitar o banimento do aplicativo no país. A decisão sobre o futuro do TikTok está relacionada a um projeto de lei sancionado por Joe Biden, que estabelece um prazo para que a plataforma seja comprada por uma empresa americana, sob a justificativa de questões de segurança nacional. Musk, com sua relação estreita com o governo dos EUA e o envolvimento em negócios relacionados à China, poderia ser um potencial comprador, especialmente por seu vínculo com a Tesla e o X (antigo Twitter).
Embora a ideia de vender para Musk tenha sido discutida, ela é vista com reservas dentro da ByteDance. O governo chinês, que tem ações preferenciais na empresa, poderia impedir a transação, dada a restrição de exportação de tecnologias, como algoritmos e software, impostas por Pequim. Além disso, a ByteDance já recorreu à Suprema Corte dos EUA para contestar a proibição do TikTok, buscando alternativas legais. Caso a venda para Musk seja concretizada, ela poderia aumentar o valor de seu X e ampliar a presença do bilionário no setor publicitário e de dados, considerando o enorme volume de informações geradas pela plataforma.
Enquanto isso, outras opções, como a criação de um aplicativo similar ao TikTok, estão sendo consideradas, mas a eficácia dessa solução é questionada. A disputa sobre a operação do TikTok nos EUA envolve ainda outros investidores, como Frank McCourt e Kevin O’Leary, que também demonstraram interesse. O desenrolar das negociações dependerá não só de decisões judiciais, mas também de possíveis acordos intermediados pelo governo dos EUA.