O desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga os estados do Maranhão e Tocantins, causou a morte de pelo menos 17 pessoas, com três vítimas ainda desaparecidas. A Marinha do Brasil interrompeu as buscas subaquáticas em 10 de janeiro devido às condições climáticas e à abertura das comportas da Usina Hidrelétrica de Estreito, que geraram forte correnteza no rio Tocantins. A operação de resgate segue com a utilização de drones aéreos e buscas superficiais, enquanto as equipes se preparam para retomar as buscas subaquáticas nas próximas semanas, conforme as condições do rio melhorem.
Enquanto isso, a travessia de balsas foi iniciada para conectar as cidades de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO), como alternativa após a queda da ponte. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) iniciou a construção de acessos para a travessia, que será realizada de forma gratuita. A empresa PIPES Empreendimentos LTDA foi contratada para operar o serviço, com um investimento de R$ 6,4 milhões. A Marinha também acompanha a obra para garantir a segurança na travessia, uma das exigências para o início do transporte.
Além dos esforços de resgate, a queda da ponte resultou em um impacto ambiental significativo, com substâncias perigosas, como ácido sulfúrico e agrotóxicos, sendo lançadas no rio. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) está realizando a retirada desses materiais, embora o processo de remoção seja demorado devido à correnteza. O acidente gerou uma situação de emergência na cidade de Estreito, que pode solicitar recursos federais para lidar com as consequências do desastre, como danos às atividades econômicas locais e risco de contaminação do rio.