As ações da Burberry registraram um grande aumento após um inesperado crescimento nas vendas nos Estados Unidos, ajudando a melhorar os resultados da empresa e aumentando as expectativas de recuperação no mercado de luxo. As vendas no varejo caíram 4%, melhor do que o previsto, e a companhia observou um desempenho positivo nas Américas, com um declínio menos acentuado na China. A empresa também está passando por uma transformação sob a liderança de seu CEO, Joshua Schulman, que promete fortalecer a marca e focar em suas raízes, especialmente com seus icônicos trench coats.
O desempenho recente da Burberry segue uma onda de recuperação no setor de luxo, com destaque para os bons resultados da Richemont, dona da Cartier, que alimentaram a esperança de que a demanda por produtos de luxo possa ter atingido seu ponto mais baixo. Apesar de um cenário econômico incerto, a empresa vê os resultados como um primeiro passo positivo, embora a transformação da marca ainda esteja em estágios iniciais. A Burberry também se esforçou para esvaziar o estoque antigo por meio de descontos significativos, o que ajudou nas vendas, embora tenha gerado preocupações sobre o impacto nos preços e no prestígio da marca.
As marcas de luxo têm enfrentado desafios desde o fim do boom pós-pandêmico, com consumidores menos inclinados a gastar em produtos de alto custo. Apesar disso, a Burberry conseguiu se destacar nos Estados Unidos, especialmente em Nova York, onde a reabertura de uma loja na 57ª rua teve boa resposta. No entanto, a marca ainda precisa enfrentar um ambiente comercial difícil, com alguns sinais de fraqueza até mesmo de concorrentes tradicionais, como a Chanel. A empresa segue monitorando os impactos dos descontos e se prepara para o segundo semestre do ano fiscal, que pode melhorar os resultados.