O Edifício Acaiaca, ícone da arquitetura de Belo Horizonte, guarda uma história que remonta à Segunda Guerra Mundial, com a construção de um bunker subterrâneo, projetado para proteger moradores em caso de bombardeios. Em 1942, o Brasil entrou em guerra contra a Alemanha e a Itália, e o governo determinou que todos os prédios com mais de cinco andares tivessem abrigos antiaéreos. O bunker do Acaiaca, construído para abrigar até 160 pessoas, nunca foi utilizado, mas agora, mais de 80 anos depois, é aberto ao público como parte de um projeto de preservação da memória histórica.
O espaço, que permanece com algumas características originais, como o sistema de ventilação e as paredes largas, oferece aos visitantes uma oportunidade única de conhecer uma parte da história pouco conhecida. O local também abriga intervenções artísticas que buscam transmitir uma mensagem de paz e esperança, contrastando com a atmosfera de guerra para a qual o bunker foi inicialmente concebido. As obras de arte, que incluem imagens de pássaros e crianças, refletem o desejo de transformar o espaço em um símbolo de liberdade e restauração.
A abertura do bunker ao público permite que os visitantes compreendam o contexto histórico da época e a importância do local como um testemunho do período da Segunda Guerra Mundial. A iniciativa oferece uma nova perspectiva sobre o edifício, ressaltando sua relevância histórica e cultural. Para os moradores e turistas, a visitação é uma oportunidade de refletir sobre o passado e de preservar a memória de um momento significativo da história do Brasil.