A União Europeia está revisitando suas investigações sobre grandes empresas de tecnologia, como Google, Meta e Apple, em resposta a solicitações do presidente eleito dos Estados Unidos. Esse movimento pode resultar em mudanças no escopo das investigações iniciadas em março do ano anterior, dentro das normas de mercados digitais da região. Durante o processo de revisão, todas as decisões e eventuais penalidades ficam suspensas, mas o trabalho técnico das investigações continua em andamento. Um dos principais pontos investigados é a alegação de que o Google estaria favorecendo sua própria loja de aplicativos.
As autoridades europeias aguardam diretrizes políticas para poder tomar decisões definitivas em relação a esses casos. Enquanto isso, o CEO de uma das empresas afetadas solicitou a intervenção do presidente dos EUA para evitar multas que já somam bilhões de dólares nos últimos 20 anos. A Comissão Europeia, por sua vez, reafirma seu compromisso com a aplicação das regras de mercado, mas reconhece a complexidade dos processos investigativos, que exigem tempo para serem concluídos de forma adequada.
Além disso, os reguladores enfrentam pressão para usar a Lei de Serviços Digitais a fim de abordar a crescente influência de alguns grandes nomes do setor na Europa. Legisladores da região destacam a importância de manter a integridade das investigações, sublinhando que essas questões não devem ser influenciadas por considerações diplomáticas ou externas. Esse cenário reflete as tensões crescentes entre as grandes corporações de tecnologia e as autoridades regulatórias do continente.