O bloco Brics, sob a presidência do Brasil, anunciou nesta sexta-feira (17) a entrada de oito novos países na categoria de “parceiros”, com status inferior ao dos membros efetivos, mas com a possibilidade de participar de cúpulas e reuniões temáticas. Entre os novos parceiros estão nações como Cuba, Bolívia, Nigéria, Belarus e Cazaquistão. A decisão segue o processo de ampliação do grupo, que teve início em 2023 e resultou em negociações para expandir a parceria com países que podem influenciar a geopolítica global, embora o impacto econômico ainda seja debatido por especialistas.
Originalmente formado por Brasil, Rússia, Índia e China, o Brics se expandiu em 2010 com a inclusão da África do Sul, formando o atual acrônimo. Com a adesão de novos países em 2023, o bloco agora adota uma nova estratégia, permitindo a entrada de países parceiros, o que fortalece a presença da Rússia e da China em regiões chave. O modelo de parceria, aprovado após discussões na cúpula russa, busca ampliar a influência do grupo sem modificar a estrutura original de membros efetivos, que continuam a ser cinco países.
A presidência brasileira do Brics, iniciada em janeiro de 2025, define cinco prioridades para o ano: facilitação de comércio e investimentos, governança da Inteligência Artificial, financiamento para mudanças climáticas, cooperação em saúde pública e fortalecimento institucional do bloco. A agenda está centrada no primeiro semestre, já que o Brasil sediará a COP30 em Belém no segundo semestre. A ampliação do bloco reflete o crescente papel do Sul Global nas discussões econômicas e geopolíticas, com ênfase nas relações multilaterais.