O Brics incorporou, nesta semana, a Indonésia como membro pleno do bloco, expandindo sua influência global. O país, localizado no sudeste asiático, é conhecido por sua geografia insular, com mais de 17 mil ilhas, e por seu crescimento econômico robusto. A Indonésia é a quarta maior população do mundo e ocupa a oitava posição entre as maiores economias, considerando a paridade do poder de compra (PPC). Seu ingresso no Brics é visto como positivo por analistas, pois fortalece as potências regionais do Sul Global, em um contexto de busca por uma ordem multipolar no cenário internacional.
A entrada da Indonésia é considerada um avanço para o bloco, pois a nação possui uma postura de neutralidade em sua política externa, o que pode ajudar a reduzir as tensões com potências ocidentais. Além disso, seu papel econômico e político crescente na Ásia, aliado à sua diversidade industrial, a torna uma parceira estratégica para o Brasil e outros membros do bloco. O país asiático tem mostrado crescimento constante, com uma média de 5,1% no PIB entre 2022 e 2024, e apresenta um mercado consumidor importante para os produtos brasileiros, especialmente no setor agropecuário.
A adesão da Indonésia reflete a ampliação do Brics, que agora conta com 13 países convidados para integrar o grupo, incluindo Cuba, Bolívia, Malásia e Tailândia. A expectativa é de que outros países, como Nigéria e Vietnã, também formalizem sua adesão. O Brasil, que assumiu a presidência do Brics neste ano, vê a Indonésia como uma ponte estratégica para o sudeste asiático, além de uma oportunidade para diminuir sua dependência econômica da China e diversificar suas exportações.