O Brics, grupo formado originalmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, anunciou a entrada de oito novos países como parceiros, com status inferior ao dos membros efetivos. Os novos parceiros são Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Tailândia, Uganda e Uzbequistão, que poderão participar de cúpulas e reuniões temáticas do bloco. A decisão foi tomada durante a presidência brasileira do grupo, que começou em 1º de janeiro de 2025, após discussões iniciadas na cúpula de 2024 sob a liderança russa.
A ampliação do Brics vem sendo uma tendência desde 2023, com negociações para a entrada de novos países, incluindo Egito, Etiópia e Irã. Embora a adesão de novos membros tenha implicações geopolíticas, especialistas consideram que a criação da categoria de países parceiros tem um impacto mais político do que econômico, ao fortalecer a influência da Rússia e da China nas áreas de atuação do grupo. Em 2025, o governo brasileiro tem como foco a facilitação do comércio e investimentos, a governança da Inteligência Artificial e o fortalecimento da cooperação no enfrentamento das mudanças climáticas.
Durante o período de presidência brasileira, o país concentrará as atividades do Brics no primeiro semestre de 2025, antes de sediar a COP30 em Belém. As prioridades do governo incluem o estímulo à cooperação entre países do Sul Global, com destaque para a saúde pública, e o fortalecimento institucional do bloco. A presidência do Brasil no Brics se estende por um ano e visa promover avanços significativos em áreas estratégicas para a região e o mundo.