Os preços praticados pela Petrobras permanecem abaixo dos valores internacionais, mas não há expectativa de reajustes no curto prazo. Apesar da defasagem de 16% no diesel e 11% na gasolina, segundo dados da Abicom, a estatal considera que os preços atuais estão em um patamar competitivo, alinhados à política de comercialização. Essa posição é reforçada pela estabilidade do preço do barril de petróleo tipo Brent, que está flutuando entre US$ 70 e US$ 80, patamar inferior à média dos últimos anos, e compensa o impacto do dólar elevado, que encerrou o ano acima de R$ 6,00.
Analistas avaliam que a tendência é de estabilidade nos preços da Petrobras, mesmo diante da pressão cambial. A estatal tem priorizado manter sua competitividade no mercado interno frente ao etanol e combustíveis importados. Além disso, o método utilizado pela Abicom para calcular a defasagem dos preços é questionado por fontes da Petrobras, que argumentam que os parâmetros não refletem a realidade da companhia, considerando o mercado brasileiro abastecido por diesel russo mais barato.
Especialistas acreditam que o cenário para 2025 será de tranquilidade para o preço do petróleo, com projeções de queda na média anual do Brent devido à menor demanda chinesa e à aceleração da transição energética. Esses fatores, combinados, contribuem para aliviar as pressões por reajustes nos combustíveis no Brasil, favorecendo a manutenção da atual política de preços da Petrobras.