Em 2024, o Brasil retomou a oitava posição no ranking mundial de produção de veículos, superando a Espanha. A produção de veículos no país cresceu 9,7%, atingindo 2,55 milhões de unidades, após perder a posição para os espanhóis em 2023. Contudo, a produção ainda está abaixo dos níveis pré-pandemia, com estimativas para 2025 indicando um crescimento de 7,8%, que não alcança os números de 2019, ano antes da crise sanitária global. O Brasil segue na sexta posição no ranking de consumo de veículos, com China, Estados Unidos, Japão, Índia e Alemanha à frente.
Apesar do crescimento na produção, a indústria automotiva brasileira enfrenta desafios devido à concorrência externa, tanto no Brasil quanto em mercados internacionais. As montadoras nacionais têm perdido participação em alguns mercados importantes, como os países vizinhos, embora as exportações para a Argentina, que aumentaram em 48%, tenham ajudado a minimizar as quedas nas vendas externas. O cenário é visto como uma oportunidade para o Brasil fortalecer sua competitividade por meio de políticas voltadas à renovação de frotas e ao ajuste das alíquotas de impostos sobre carros híbridos e elétricos importados.
A Anfavea, entidade que representa o setor automotivo, tem pressionado o governo brasileiro para adotar uma política mais protecionista, com a imediata recomposição das tarifas sobre importações de veículos eletrificados. Segundo o presidente da entidade, a recomposição das alíquotas é urgente para proteger os investimentos no setor e garantir a recuperação da produção local. A indústria está empenhada em retomar um volume de produção de 3 milhões de unidades, uma meta que continua sendo uma das principais prioridades da associação para o próximo ano.