Em 2025, o Brasil será o anfitrião da COP30 em Belém, no Pará, consolidando sua posição como líder nas discussões sobre a preservação da Amazônia, transição energética e financiamento climático. A cúpula, marcada para ocorrer de 10 a 21 de novembro, acontece em um momento crítico, com as negociações climáticas ganhando urgência devido aos impactos do aquecimento global. A COP30 também se insere no contexto histórico das conferências sobre o clima, que tiveram início há 30 anos em Berlim, com o objetivo de estabelecer compromissos internacionais para a redução das emissões de gases de efeito estufa.
A importância da COP30 para o Brasil é destacada por especialistas, como Vitelio Brustolin, que vê no país uma vocação natural para liderar as discussões ambientais, em razão da vasta extensão da Floresta Amazônica e do avanço nas matrizes energéticas renováveis. O Brasil tem, assim, a oportunidade de influenciar o cenário global, especialmente após a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, o que representou um revés nas negociações climáticas. Além disso, o país será o centro das discussões sobre os desafios financeiros enfrentados pelas nações mais pobres na adaptação às mudanças climáticas, com metas de financiamento que, apesar de criticadas, buscam aliviar os impactos do aquecimento global.
A COP30 também será uma continuidade dos esforços internacionais já iniciados em cúpulas anteriores, como o Acordo de Paris em 2015, que estabeleceu a meta de limitar o aumento da temperatura global a 1,5ºC até 2099. Contudo, a realização da conferência no Brasil impõe desafios, como a necessidade de unificar os países em torno de soluções eficazes para um problema que afeta as gerações futuras. O evento será uma oportunidade única para o Brasil reforçar seu compromisso com a ação climática e seu papel central nas discussões globais sobre o futuro do planeta.
