O Brasil enfrentou em 2024 um ano marcado por extremos climáticos, incluindo incêndios devastadores, a pior seca da história recente e chuvas intensas que afetaram gravemente o Rio Grande do Sul. Essas condições foram agravadas pelo El Niño e resultaram no ano mais quente já registrado, destacando os impactos das mudanças climáticas no país. Especialistas alertam que 2025 seguirá como um período de desafios, com temperaturas elevadas previstas para o início do ano e eventos climáticos extremos que devem persistir devido ao aquecimento dos oceanos.
As previsões indicam que a seca, iniciada em 2023, continuará sendo uma das maiores preocupações, com chuvas abaixo da média esperadas nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, trazendo impactos econômicos e sociais significativos. Embora uma La Niña fraca esteja prevista para 2025, sua influência será limitada, não revertendo o déficit hídrico. Paralelamente, as águas mais quentes dos oceanos tendem a intensificar chuvas fortes e localizadas, agravando os riscos de desastres climáticos como os observados no sul do país.
Diante desse cenário, especialistas reforçam a necessidade de o Brasil acelerar a adaptação às mudanças climáticas, com investimentos urgentes em infraestrutura, sistemas de prevenção e ações de redução de emissões. A realização da COP em Belém, no Pará, representa uma oportunidade estratégica para avançar na transição energética e mitigar os impactos climáticos, alinhando-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e à Agenda 2030.