O Brasil se prepara para sediar a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP30, em Belém, em 2025, em um cenário de desafios globais no combate às mudanças climáticas. Enquanto o Brasil destaca a importância do meio ambiente como fator central de sua diplomacia internacional, o governo dos Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, ameaça sair novamente do Acordo de Paris. Em seu discurso de posse, Trump reafirmou sua intenção de adotar políticas que revoguem regulamentos ambientais, incluindo aqueles relacionados ao setor de energia e à regulamentação de veículos elétricos.
A decisão de Trump pode ter implicações significativas para a luta global contra o aquecimento global, dado que os Estados Unidos são a maior economia mundial e a segunda maior fonte de emissões de gases de efeito estufa. Durante seu primeiro mandato, Trump já havia desmantelado diversas normas ambientais, afetando as emissões e complicando os esforços internacionais para mitigar as mudanças climáticas. Em 2025, com a COP30 prestes a acontecer, o Brasil cogita a possibilidade de se engajar em ações independentes, por meio da Paradiplomacia, caso os Estados Unidos não apoiem as iniciativas climáticas globais.
Diplomatas brasileiros destacam que a COP30 será pressionada a tratar questões não resolvidas pela conferência anterior, a COP29, e que, sem o apoio dos EUA, o evento pode enfrentar desafios ainda maiores. O Brasil está considerando interagir diretamente com estados e outras nações que queiram cumprir as metas climáticas, independentemente das decisões da Casa Branca. O cenário para a COP30, portanto, depende de uma dinâmica internacional incerta, com as ações dos Estados Unidos sendo uma variável crucial no sucesso ou fracasso dos esforços globais para enfrentar as mudanças climáticas.