O Brasil está em fase de preparação para sediar a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30) em Belém, no Pará, em novembro de 2025, após a COP 29, realizada no Azerbaijão. Apesar de esforços do governo federal para organizar o evento, ainda há incertezas quanto aos nomes que ocuparão cargos chave na cúpula. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve definir, em janeiro, quem será o presidente da COP 30 e o responsável pela articulação institucional da conferência, uma função crucial para a mediação entre os países e outros setores da sociedade. A expectativa era de que essas decisões fossem anunciadas durante eventos internacionais como a Assembleia Geral da ONU ou a COP 29, mas não houve definição até o momento.
O nome mais cotado para presidir a COP 30 é o do embaixador André Corrêa do Lago, diplomata com ampla experiência em temas de desenvolvimento sustentável. A presidência de uma COP envolve a mediação de debates entre nações e a construção de consensos para a declaração final. A cúpula de 2025 terá grandes desafios, com foco na busca por soluções eficazes para o financiamento climático e a preservação ambiental, temas que não foram totalmente resolvidos na COP 29. O Brasil será o responsável por avançar nas discussões e propor acordos significativos nesse contexto.
Além da presidência, ainda está indefinido quem ocupará o cargo de Campeão de Alto Nível sobre Mudanças Climáticas, que será responsável por articular as negociações da COP 30 com diversos atores, incluindo governos, mercado, sociedade civil e movimentos sociais. Entre os nomes cogitados estão a matemática Thelma Krug, com vasta experiência técnica, e Frederico Assis, assessor internacional com boa relação com diferentes setores do governo e de atores internacionais. A decisão sobre esses cargos será tomada em conjunto com a escolha do presidente da COP 30, e o governo brasileiro busca garantir um time com expertise e habilidade política para enfrentar os desafios climáticos globais.