O Brasil foi tema de um dos painéis do Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos, na Suíça, nesta terça-feira (21). Em um momento estratégico, às vésperas da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), o país busca se firmar como líder ambiental, especialmente diante da recente movimentação dos Estados Unidos, que anunciaram novamente a intenção de deixar o Acordo de Paris. No evento, participaram autoridades brasileiras, como o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, e o governador do Pará, Helder Barbalho, que discutiram a agenda ambiental e o papel do Brasil no combate às mudanças climáticas.
O painel abordou a resistência ao reconhecimento das mudanças climáticas, especialmente no contexto de algumas lideranças internacionais, como a postura do governo de Donald Trump. Barroso enfatizou que o Brasil pode se destacar no futuro como líder ambiental, apesar de ainda não ter a mesma força industrial ou tecnológica de outras nações. Ele também destacou os desafios impostos pelo negacionismo e as dificuldades de avançar na agenda ambiental em um cenário global de crescente resistência a ações climáticas.
A COP30, que será sediada em Belém, será uma oportunidade crucial para o Brasil discutir o financiamento da transição climática, especialmente para países em desenvolvimento. Helder Barbalho destacou que a conferência será realizada em um estado com forte presença da floresta amazônica, o que coloca o Brasil em uma posição única para liderar debates sobre o papel da natureza no combate às mudanças climáticas. Além disso, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, mencionou a importância de envolver as cidades do Sul Global na discussão sobre como financiar a descarbonização e alcançar as metas climáticas estabelecidas. A conferência acontecerá entre 10 e 21 de novembro de 2025.