O Brasil está se consolidando como líder global na produção de Combustíveis de Aviação Sustentáveis (SAF), conforme aponta um relatório recente da Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (Alta). O país ocupa uma posição estratégica devido à sua capacidade de produzir SAF, utilizando matérias-primas abundantes como cana-de-açúcar, resíduos agrícolas e óleos usados. Projeções indicam que, até 2050, o Brasil será responsável por 60% da produção total de SAF na América Latina, impulsionado pela infraestrutura avançada na produção de biocombustíveis, como etanol e biodiesel.
A região da América Latina também tem mostrado avanços no setor aéreo, com um aumento significativo no número de passageiros, o que levou a uma maior contribuição do setor para as emissões de CO2. Embora o SAF seja uma ferramenta essencial para a redução dessas emissões, o relatório da Alta sugere que a região precisa adotar um conjunto mais amplo de medidas, como a melhoria na gestão do tráfego aéreo, a otimização de rotas e o investimento em infraestrutura sustentável, para alcançar as metas globais de descarbonização.
Para o Brasil, o relatório destaca a importância de aumentar os investimentos em infraestrutura, além de adotar incentivos fiscais e promover a inovação tecnológica. Com uma abordagem estratégica e colaborativa, o Brasil tem o potencial de transformar desafios em oportunidades e reforçar sua liderança na sustentabilidade do setor aéreo da América Latina, tornando-se um modelo global de descarbonização na aviação.