A taxa de desemprego no Brasil foi de 6,2% no período de três meses até dezembro de 2024, ligeiramente acima da expectativa de 6,1%. Com esse resultado, a taxa média anual ficou em 6,6%, representando uma queda de 1,2 pontos percentuais em relação ao ano anterior. Este é o menor índice desde o início da série histórica, em 2012, superando a menor taxa registrada anteriormente, de 7,0%, em 2014. A redução no número de desempregados, que diminuiu 1,1 milhão de pessoas, também é um reflexo de um aumento expressivo da população ocupada, que atingiu um recorde histórico de 103,3 milhões de pessoas em 2024.
A melhoria no mercado de trabalho se refletiu no aumento do número de pessoas com carteira assinada e na redução da informalidade. A quantidade de trabalhadores com carteira de trabalho assinada subiu para 38,7 milhões, enquanto o número de empregados sem carteira também alcançou recordes, com um crescimento de 6,0%. No entanto, o número de trabalhadores domésticos caiu, e o crescimento da população ocupada foi principalmente impulsionado pelos setores privado e formal. A taxa de informalidade caiu ligeiramente, para 39%, enquanto o número de pessoas desalentadas também teve uma redução significativa.
Além do crescimento do emprego, os rendimentos também apresentaram alta. O rendimento médio real habitual foi de R$ 3.225, o maior da série histórica, com um aumento de 3,7% em relação ao ano anterior. A massa de rendimento real habitual também bateu recorde, alcançando R$ 328,9 bilhões, com crescimento de 6,5% em comparação com 2023. Esses indicadores sugerem uma recuperação contínua do mercado de trabalho após os impactos da pandemia de COVID-19, com ganhos significativos nos últimos dois anos, mesmo após a superação dos efeitos mais profundos da crise sanitária.