O Brasil alcançou um marco significativo ao ver 50,1% dos lares pertencentes às classes C e superiores, refletindo um aumento na renda mensal acima de R$ 3,4 mil. Esse crescimento é atribuído à recuperação do emprego e à melhora na renda, especialmente após a pandemia, com destaque para a classe C, que viu um aumento de 9,5% na sua renda. A taxa de desemprego em 2024 caiu para 6,1%, o menor índice já registrado, contribuindo para esse avanço social, embora a desigualdade continue sendo um desafio importante.
Apesar dos progressos, a mobilidade social ainda enfrenta obstáculos, principalmente para as classes D e E. A dificuldade de ascender para camadas sociais mais altas é agravada por salários baixos e uma grande taxa de informalidade no mercado de trabalho. Embora o aumento do emprego formal, que gerou 3,6 milhões de novas vagas entre 2023 e 2024, seja positivo, ele não resolve por completo os problemas estruturais da pobreza no Brasil.
Além disso, a disparidade de rendimentos também se reflete na aplicação da taxa Selic. A alta nos juros favorece principalmente a classe A, cujos rendimentos vêm de investimentos financeiros, o que pode aprofundar as diferenças de renda no futuro. Embora a recuperação econômica tenha beneficiado muitas famílias, a qualidade da educação e o acesso a oportunidades ainda serão determinantes para a verdadeira mobilidade social no país.