O Ministério das Relações Exteriores do Brasil condenou o tratamento dado a 88 brasileiros deportados dos Estados Unidos, classificando-o como degradante. O governo brasileiro afirmou que cobrará explicações do governo norte-americano, após o uso indiscriminado de algemas e correntes nos deportados, o que, segundo a pasta, violaria um acordo firmado entre os dois países em 2018. O presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, também se manifestou, expressando preocupação com a dignidade dos deportados.
A decisão do governo Lula de transportar os brasileiros de Manaus a Belo Horizonte em aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) gerou reações tanto de apoiadores quanto de opositores. Parlamentares do governo defenderam a ação como uma demonstração de respeito à soberania nacional e aos direitos humanos, criticando o tratamento imposto pelos Estados Unidos. Já a oposição argumentou que a situação poderia ser utilizada como uma cortina de fumaça para desviar a atenção de outros problemas internos.
Por outro lado, figuras da oposição, como o senador Sérgio Moro e o deputado Eduardo Bolsonaro, sugeriram que o episódio poderia ser explorado politicamente pelo governo Lula. Eles questionaram a diferença de tratamento para deportações realizadas pelo Brasil e pediram mais esclarecimentos sobre as práticas da Polícia Federal. A discussão sobre o tratamento de deportados e as reações políticas ao caso continuam a gerar debates intensos no país.