A ministra do MCTI, Luciana Santos, anunciou que o Brasil pretende desenvolver seu próprio modelo de Inteligência Artificial (IA), com foco na criação de tecnologias independentes. Ela destacou a importância de aprender com os avanços globais para acelerar o desenvolvimento interno, sem, no entanto, depender exclusivamente de soluções estrangeiras. Santos citou a DeepSeek, uma empresa chinesa que, com recursos limitados e equipamentos menos sofisticados, conseguiu resultados de IA comparáveis aos do ChatGPT, como exemplo de viabilidade dessa abordagem.
A DeepSeek tem se destacado por utilizar modelos H800 da Nvidia, menos avançados do que os modelos de IA com restrições impostas pelo governo dos Estados Unidos à exportação de chips para a China. Mesmo com orçamentos reduzidos e limitações tecnológicas, a empresa conseguiu competir de maneira eficaz no mercado de IA, desafiando a visão de que investimentos elevados seriam essenciais para países emergentes nesse setor.
Como parte do esforço do governo brasileiro, foi lançado em 2024 o plano IA para o Bem de Todos, com o objetivo de investir R$ 23 bilhões até 2028 para o desenvolvimento da tecnologia no país. A iniciativa visa tornar o Brasil mais competitivo na área de inteligência artificial, promovendo a inovação e a criação de modelos autônomos que atendam às necessidades locais.