Um grupo de brasileiros deportados dos Estados Unidos relatou agressões e maus-tratos durante o voo de repatriação. O governo brasileiro expressou indignação quanto ao uso de algemas e outras condições adversas enfrentadas pelos deportados, incluindo dificuldades com o ar-condicionado e a restrição de desembarque durante uma parada no Panamá. Além disso, relatos indicaram que muitos passageiros não conseguiam se alimentar ou beber água adequadamente, com alguns apresentando problemas de saúde. Quando tentaram protestar, teriam sido agredidos por agentes americanos.
Em resposta, o Itamaraty solicitou esclarecimentos ao governo dos Estados Unidos sobre o tratamento dispensado aos deportados, destacando que, embora a repatriação seja uma medida prevista em um acordo firmado em 2017, o tratamento recebido não está relacionado às políticas migratórias implementadas pelo governo norte-americano. O ministério também ressaltou que a repatriação de imigrantes ilegais não deve ser associada às novas diretrizes políticas de imigração adotadas na gestão do ex-presidente Trump.
A Embaixada dos Estados Unidos, por sua vez, informou que a responsabilidade sobre os deportados passa a ser do Brasil após a repatriação, uma vez que os cidadãos brasileiros estão sob a custódia das autoridades brasileiras após o desembarque. O caso gerou repercussão no Brasil, e o governo federal se comprometeu a buscar explicações para assegurar o tratamento adequado aos cidadãos durante o processo de repatriação.