Investigações foram abertas pela Polícia Federal no Amazonas após denúncias de maus-tratos a brasileiros deportados dos Estados Unidos. Os deportados relataram agressões físicas durante o voo, uso de algemas e correntes e a falta de condições adequadas de transporte, incluindo problemas com o ar condicionado da aeronave. O caso, ocorrido após a posse de Donald Trump, envolveu 88 brasileiros que estavam sendo repatriados em um voo fretado pelo governo norte-americano, com relatos de desconforto e sofrimento durante toda a viagem.
O governo brasileiro reagiu com preocupação e exigiu esclarecimentos das autoridades americanas sobre o tratamento dispensado aos deportados. Segundo os depoimentos, muitos foram algemados e acorrentados de maneira excessiva, com alguns passageiros afirmando ter sofrido agressões físicas por parte dos agentes americanos. A situação foi considerada desumana, com os deportados passando até 50 horas em condições degradantes, o que gerou grande indignação entre as autoridades brasileiras, incluindo o Ministério das Relações Exteriores e o Ministério dos Direitos Humanos.
Além das ações diplomáticas para investigar as violações dos direitos humanos, o governo brasileiro tomou medidas para garantir a segurança dos deportados ao transportá-los para Belo Horizonte em um voo da Força Aérea Brasileira, sem algemas e com melhores condições de viagem. O Brasil considera inaceitável que os termos acordados para o tratamento dos deportados não tenham sido cumpridos, e espera respostas claras sobre os abusos denunciados.